O treinador Sérgio Santos traça o perfil do triatleta amador de longa distância e deixa alguns conselhos.

Ser triatleta amador de longa distância é essencialmente reservado a quem gosta de ir longe, e não de ir depressa. Para a maioria dos triatletas amadores, as prioridades dividem-se entre a família, o trabalho e o treino, sabendo que o treino preenche muito também a vida de quem treina triatlo.O triatlo é a terceira coisa mais importante da vida de um atleta amador, e esta perceção nunca deve ser perdida.
“O triatlo é a terceira coisa mais importante da vida de um atleta amador, e esta perceção nunca deve ser perdida.”
Ao contrário de quem procura as modalidades coletivas para as “jogatanas de fim-de-semana”, o triatleta, apesar de procurar grupos de treino e de ser quase cultural a “sunday ride”, gosta também de treinar sozinho, de não estar dependente de outros, e de poder gerir o seu dia em função de uma agenda por vezes muito apertada. Os triatletas têm o dom de inventar tempo onde parece não existir, e são, de um modo geral, muito organizados, pois cada minuto conta.
“O Triatleta de longa distância faz uma associação quase imediata entre “trabalho” e “resultado”. Mentalmente, essa ligação é inevitável. Se por um lado considero que é bom, por outro, admito que se pode tornar num “jogo perigoso”
Ultrapassar a dor e a fadiga são características indissociáveis de quem treina triatlo. Sempre que surge alguma limitação ou impedimento para treinar, é de imediato entendido como um obstáculo que vai prejudicar o treino, a evolução, ao ponto até de serem muitas vezes ignorados sinais evidentes de que a rotina praticada está acima das reais possibilidades de assimilação da carga.
O Triatleta de longa distância faz uma associação quase imediata entre “trabalho” e “resultado”. Mentalmente, essa ligação é inevitável. Se por um lado considero que é bom, por outro, admito que se pode tornar num “jogo perigoso”.