Encostado ao Guincho e com um pé na Serra de Sintra, o Onyria Quinta da Marinha Hotel tem todos os atributos de um refúgio desenhado para triatletas. É a “casa oficial” do Ironman Portugal-Cascais desde 2017.
Há um tapete verde que se estende entre a serra e o mar, como se mergulhássemos numa aguarela. É tudo cor e silêncio.
Da varanda do quarto debruçado sobre o green, descobre-se uma janela virada para o céu, um espelho de água, uma tela rasgada por pinceladas de braços e pernas em movimento. O lago do golfe é o coração do hotel. Os pulmões de um espaço que respira triatlo, não fosse o Onyria da Quinta Marinha a casa oficial do Ironman Cascais desde 2017.
“Quando vim para aqui tive de habituar-me ao silêncio. Era uma coisa que me assustava”. A confissão é de Paulo Figueiredo, director do hotel, depois de vários anos a trabalhar no centro da cidade. A Quinta da Marinha é o campo junto à praia, a vinte minutos da capital. É o centro do mundo para quem se habitua a respirar sem pressa e a guardar tempo para treinar. É o refúgio para quem quer fugir da velocidade sem se afastar muito do sitio onde as coisas acontecem.
“A nossa localização é um dos nossos pontos-fortes, sobretudo para o mercado externo”, confessa Paulo Figueiredo, também ele triatleta.

“A nossa localização é um dos nossos pontos-fortes, sobretudo para o mercado externo”, confessa Paulo Figueiredo.
Com a chegada do Ironman, Cascais colocou-se no mapa dos melhores destinos mundiais de triatlo. Aliás, a verdade é que sempre lá esteve, mas não vinha no GPS. Estava oculto, como um dos segredos mais bem guardados pela tribo local. ”Combina o melhor da hospitalidade de um hotel de cinco estrelas com as melhores valências para o treino, inserido no parque natural Sintra-Cascais, está rodeado dos melhores sítios naturais para o treino que tenho visto pelo mundo fora”, explica o treinador Lino Barruncho.
Cascais é uma das forças do hotel. O Guincho, a Serra, a vila, o golfe. Tudo transportado para os 198 quartos renovados e prontos a estrear.
Neles vive a história de um hotel com 20 anos e a juventude de quem encontrou no desporto uma forma de estar permanentemente disponível para se reinventar. “O hotel tem muito mais para oferecer ao triatlo do que apenas uma semana em 365 dias no ano”, explica o director, referindo-se à dinâmica que o Onyria da Quinta da Marinha ganha durante o Ironman Cascais.
Nadar e pedalar no céu
Quem se lança ao lago do golfe sente que nada no céu. O azul mistura-se com o verde. São 300 metros circulares de água sempre corrente, sujeita a análises regulares. “O lago é magnífico. Tem todas as condições para fazer um treino controlado de águas abertas, com a presença do nosso treinador no exterior que consegue controlar de perto toda a sessão”, explica Alexandre Nobre, atleta da seleção nacional.
Os espaços envolventes são os locais que servem de base de treinos aos atletas das seleções nacionais. Além de todas as valências do Parque Natural, Lino Barruncho destaca as “estradas sem trânsito com alguma altimetria, a ciclovia com cerca de 7kms” e as facilidades do próprio hotel: spa, ginásio, piscina exterior e interior, banho turco, sauna, várias salas de reuniões e ainda a possibilidade de isolar um espaço para refeições de grupo.


Quartos com assinatura
Bastam pouco segundos no quartos para se perceber que há ali qualquer coisa que nos faz viajar, ou sonhar, e não é apenas a cama de 1,10m x 2,00 m. A artista Kruella D’Enfer pensou numa forma de transportar a paisagem para a cabeceira da cama, como se pudéssemos ser embalados pela encosta da serra, ou pelas ondas do Guincho. Está lá tudo. “Com as variações de cor, quis traduzir as diferentes maneiras de olhar para uma paisagem que se reinventa, estação a estação, de forma ininterrupta e hipnotizante”, explica a artista.
cores juntam-se os elementos que montam o mundo visto das varandas. Os vales, os pinheiros e a lua. Cada piso, através das diferentes alcatifas, conta-nos uma história. “Numa fusão entre a terra e a água, faz-nos perder nas suas formas fluídas, sem nunca nos deixar de dizer onde nos encontramos: as cores correspondem a cada piso e a cada painel nos quartos”, detalha Kruella D’Effer.
ra das novidades são os quartos familiares, com a possibilidade de uma casal e dois filhos conseguirem partilhar o mesmo espaço. Isto graças à mágica transformação de uma parede em beliche. Sobra ainda a hipótese económica dos quarto triplos e a comodidade das suites.

